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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Agro Mundo


Campanha quer reduzir uso de agrotóxicos que causam desaparecimento de abelhas


Foto; google.com
Uma campanha coordenada pelo professor Lionel Segui Gonçalves, do Departamento de Biologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP pretende reduzir o uso de pesticidas tóxicos que causam o desaparecimento de abelhas em larga escala. 

O professor aposentado preside o Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do Rio Grande do Norte (CETAPIS). 

Gonçalves criou e coordena o movimento Bee or not to be? que busca assinaturas on-line para a Petição pela Proteção das Abelhas, a qual será entregue às lideranças governamentais.

A iniciativa, que já conta com mais de 3.300 assinaturas, baseia-se em estudos que apontam associação entre redução das populações de abelhas e uso de agrotóxicos. Segundo o especialista, este desaparecimento traz como principal consequência a falta de alimentos.

– Aproximadamente 70% dos alimentos que consumimos dependem da polinização das abelhas. Elas também polinizam as áreas verdes. Assim, se elas acabarem, podemos sucumbir por falta de oxigênio.

O problema, já considerado mundial, atinge quatro Estados brasileiros (Piauí, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo). Entre as alternativas para proteção de abelhas está a substituição de agrotóxicos e pesticidas pelo controle biológico.

– É preciso também aumentar as áreas verdes, proteger o meio ambiente, cultivando plantas de interesse das abelhas para que elas possam proliferar – defende.
Campanha

Daniel Maluzá, publicitário e coordenador da campanha Bee or not to be? (em português, literalmente abelhas ou não existir, um paralelo ao slogan sem abelhas, sem alimento), explica que o objetivo é conscientizar a população para a importância destes insetos, responsáveis pela polinização.

Como forma de chamar a atenção das autoridades, foi criada uma petição on-line em favor das abelhas. Segundo ele, “a pessoa só precisa disponibilizar o nome e o e-mail”. Paralelamente, estão desenvolvendo amplo trabalho de conscientização em escolas, esclarecendo, desde cedo, crianças e adolescentes sobre a importância destes insetos. A divulgação é feita por meio de palestras, cartazes, folders e diversos materiais ilustrativos. O material foi produzido gratuitamente por uma agência de publicidade de Ribeirão Preto, cujo dono é filho do professor Gonçalves.

Os primeiros relatos de desaparecimento de abelhas em larga escala surgiram em 1995, nos Estados Unidos da América (EUA). Entretanto, apenas em 2007 o problema foi discutido oficialmente, durante Congresso Mundial de Apicultura. Recentemente, o Departamento de Agricultura dos EUA divulgou a morte de um terço das abelhas durante o inverno de 2012/2013. O levantamento também aponta que, nos últimos seis anos, o número de colônias de abelhas caiu 30,5%.

Estudos concluíram que as abelhas apresentam Colony Collapse Disorder (CCD), também conhecida como Síndrome do Desaparecimento de Abelhas. O mal afeta o sistema nervoso desses insetos, com prejuízo da memória e senso de direção. Ao saírem em busca de néctar e pólen, elas se perdem e não conseguem retornar para as colmeias. A síndrome pode ser identificada quando o número de integrantes das colmeias é reduzido ou até mesmo extinto. Nesses casos, as abelhas perdidas deixam mel, crias e até mesmo a rainha.

Para os pesquisadores, que ainda trabalham com hipóteses, o CCD seria caudado principalmente pelo uso de pesticidas do tipo neonicotinoides. Em abril de 2013, notando a interferência dessa substância na vida das abelhas, a União Europeia suspendeu seu uso por dois anos. O manifesto pela proteção das abelhas está integralmente disponível no site Sem Abelhas, Sem Alimento. Lá também podem ser acessados vídeos, explicações sobre a importância desse inseto para a vida humana e ficha para assinatura da petição.

O coordenador do movimento, professor Gonçalves, pede a ajuda da população e faz um alerta: “se perdermos as abelhas seremos os primeiros prejudicados”. A campanha cita Albert Einstein: “Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas, não há polinização, não há reprodução da flora. Sem flora não há animais, e sem animais não haverá raça humana”.

Fonte:
USP

Previsão do Tempo


Queda de granizo na região Nordeste


A chuva forte atinge vários Estados do Nordeste e causa transtornos em algumas regiões. Segundo a Somar Metereologia, estas chuvas são provocadas por uma área de instabilidade chamada de Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN). Há registro de queda de granizo em algumas cidades nordestinas, algo que não é comum na região, diz a Somar. 

– Toda esta chuva foi provocada por um VCAN, que é um sistema meteorológico, que em seu centro tem uma grande massa de ar seco e em sua borda há muitas nuvens carregadas e chuvas – explica Patrícia Vieira da Somar Meteorologia.

A grande massa de ar seco cobre Minas Gerais e a Bahia, já a borda do sistema, onde há muitas chuvas, atinge o norte, sertão e o agraste. O granizo atingiu no domingo, dia 3, a cidade das Almas, região do Agreste em Pernambuco, a chuva foi intensa e com rajadas de vento. De acordo com a Somar, queda de granizo é normal quando se tem algum vórtice e também nos meses de verão.

– A queda de granizo não é comum no Nordeste, como é no Sul e Sudeste. Para se ter queda de granizo, toda a atmosfera precisa estar resfriada, ficar com temperatura abaixo de 0ºC e ter uma acamada relativamente grande de temperatura baixa – comenta Patricia.

O vórtice favoreceu para que as nuvens ficassem grandes e atingissem altitudes elevadas, além de que o oceano pacífico está mais frio. A chuva quebrou um longo período de estiagem no Sul do Ceará, onde não chovia há pelo menos 120 dias. A chuva forte deixou alto volume acumulado em Aracaju, em Sergipe, somente na última madrugada foram registrados mais de 130mm de chuva, o que corresponde a quase três vezes a média climatológica do mês de novembro. Na Bahia, o volume de chuva chegou aos 40mm em Una nas últimas 24 horas.

Em Caruaru o acumulado foi de 55mm, segundo dados do INMET. Chuva forte provocou vários estragos nas cidades de Sobral e Iguatu, no Ceará. A chuva acumulou 45mm em 55mm Jaguaribe-CE e Quixeramobim-CE. Os ventos e as chuvas que atingiram o Ceará causaram transtornos para os moradores da região. Há registro de alagamentos, falta de energia elétrica e desabamentos, com os ventos fortes, a antena de uma rádio caiu e atingiu quatro casas em Alto Cristo, o teto de um shopping desabou, mas ninguém ficou ferido. Já na cidade de Iguatu, a cobertura de um ginásio de esportes desabou e a cidade ficou sem energia elétrica pelo menos por 19 horas, árvores caíram e várias casas ficaram alagadas.

Previsão

Segundo meteorologista Tatiane Martins, a semana inicia com chuvas fortes sobre o Nordeste devido a presença de uma área de instabilidade de VCAN.

– Estas chuvas ainda são mal distribuídas, que ocorrem intercaladas com períodos de abertura de sol – afirma a meteorologista.

O tempo fica mais nublado e com chuvas constantes na faixa leste nordestina, principalmente entre Salvador e Maceió. Estas chuvas podem vir com forte intensidade, volumes significativos e risco para transtornos. Na terça-feira as chuvas seguem espalhadas pelo Nordeste. As pancadas ocorrem desde o Maranhão até a Bahia, porém, de forma mal distribuída e alternada com períodos de melhoria.


Fonte:
SOMAR METEREOLOGIA

Planta Medicinal


BIRIBIRI (Averrhoa bilimbi L)


Foto: google.com

Pertencente a Família das Oxalidaceae, gênero Averrhoaceae, o biribiri ou bilimbi tem sua origem possivelmente no Sudeste Asiático, mais precisamente na Malásia onde é bastante comercializado.

A árvore é de pequeno porte, medindo de 5 a 9 m de altura, o tronco possui casca lisa e escura com pequenos acúleos.

Adaptável a diversas condições climáticas, preferindo áreas com temperaturas médias de 25ºC, e precipitação pluviométrica bem distribuída e acima de 1.000 mm. 

No Brasil sua produção está concentrada na região Norte, onde é bastante cultivado em pomares domésticos com uso ornamental; acredita-se que foi introduzido pela região amazônica através da cidade de Caiena, de onde vem o nome limão-de-caiena.

O suco do biribiri contém altos teores de vitamina C e de ácido oxálico. Verde ou maduro, o biribiri ou bilimbi é, quase sempre, considerado muito ácido e amargo para ser consumido in natura, mas tem uso na culinária, substituindo o limão no tempero de carnes e peixes. 

Apesar de não ser considerada fruta comercial, é bastante utilizado para a confecção de conservas,geléias, doces, sucos, compotas, licores e vinagre. 

Na cultura popular é usado como removedor de manchas e ferrugens e também utilizado com fins medicinais, servindo como base para xaropes e bebidas fermentadas, por sua característica antiescorbútica e no combate a febre, bem como no tratamento de afecções cutâneas. 

Possui propriedades hipoglicêmica, hipotrigliceridêmica, anti-peroxidativa lipídica e anti-aterogênica em ratos diabéticos-STZ, tendo efeitos similares a outros medicamentos já utilizados para tratamentos da Diabetes mellitus.

Na Malásia, as folhas de Bilimbi são usados como um tratamento para a doenças venéreas e decocção de suas folhas é tomada como um medicamento para aliviar a inflamação retal. É usada também contra tosse e aftas. Quando mantido em temperatura ambiente, rapidamente perde sua qualidade, principalmente pela excessiva perda de massa (relacionada à perda de água) que o torna murcho e sem brilho.

Fonte:
CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DO BIRIBIRI (Averrhoa bilimbi L). Autores: Lindomar Maria de Souza, Gina Caécia da Silva, Thiago Maurício de Moraes e Levy Paes Barreto.
http://www.eventosufrpe.com.br/jepex2009/cd/resumos/R1199-4.pdf
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