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quarta-feira, 23 de abril de 2014

AVICULTURA: PRINCIPAIS BACTERIOSES




Foto: gogle.com

Colibacilose: Doença comum na avicultura, causando grandes prejuízos. A bactéria encontra-se nos intestinos de aves e mamíferos, sendo eliminada com as fezes. Portanto higiene é fundamental como sempre nos ambientes de criação. Os pintinhos podem nascer contaminados devido à contaminação das cascas dos ovos ou ainda, contaminar-se no pinteiro. Os sintomas: onfalite, aerosaculite, pericardite, perihepatite e peritonite. Os sintomas também podem estar localizados nas articulações, causando artrite e ou no oviduto, causando salpingite. Pela gravidade e difusão de sintomas, é doença que pode causar grande mortalidade. A higiene e desinfecção periódica das instalações é a melhor maneira de prevenir esta doença.

Salmonelose: Esta doença é uma das mais preocupantes pois pode representar problemas para o ser humano, pois as salmonelas infectam tanto mamíferos quanto aves, apesar de haver salmonelas específicas para cada caso, havendo entretanto, salmonelas consideradas não específicas. As principais são a pulorose, que afeta aves jovens, e o tifo aviário, que afeta principalmente aves adultas. As salmonelas não específicas causam o paratifo aviário. As salmonelas são altamente patogênicas para mamíferos e aves, causando alta mortalidade. Seus sintomas se confundem com com outras bacterioses, como a colibacilose e a diferenciação é feita com o isolamento e identificação da bactéria. O controle mais uma vez envolve higiene rigorosa e eliminação dos focos (aves portadoras da bactéria).

Micoplasmose: Altamente contagiosa, afeta aves de todas as idades apesar da baixa mortalidade. Seus sintomas podem ser: artrite e espirros. Como sempre a higiene e eliminação dos portadores é o controle eficaz.
Foto: google.com
Coriza infecciosa: Doença altamente contagiosa afeta aves em todas as idades, sendo a vacina a forma mais efetiva de controle.Ataca principalmente as vias aéreas e seus sintomas são espirros, conjuntivite, inchaço facial (sinusite). Evitar correntezas de ar e friagens pois costumam agravar os sintomas.

Pausteurelose: Também conhecida como septicemia hemorrágica e cólera aviária, infecta aves com mais de 6 semanas, provocando alta mortalidade. As carcaças de aves que morreram da doença são o principal meio de infecção pois os roedores e outros animais levam a bactéria e a disseminam entre as criações. A bactéria pode permanecer na carcaça e no solo por até 3 meses. Seus sintomas são: febre, sonolência, congestão ou cianose de cristas e barbelas e morte repentina. O controle dessa doença baseia-se no combate aos ratos e roedores silvestres pois são considerados seus vetores além da higiene e desinfecção periódica das instalações. Também as vacinas aplicadas entre 10 / 16 semanas de idade (duas aplicações com intervalo de2 - 4 semanas) podem ajudar mas os resultados não são 100% garantidos, portanto mais uma vez a prevenção consiste em muita higiene e controle de entrada de novos indivíduos no plantel ( quarentena).

Botulismo: Causado pela toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, é muito frequente nas criações de fundo de quintal devido ao hábito de fornecer sobras de comida caseira para as aves. As aves que ingerem a toxina existente na matéria orgânica em decomposição apresentam um quadro de paralisia flácida e morte repentina. No controle da doença deve-se evitar exatamente fornecer alimentação passível de desenvolver essas bactérias.
Foto: google.com
Estafilocose: A estafilocose aparece na forma difusa (septicemia) com mortalidade elevada, ou , na forma localizada, caracterizada por artrite e abscesso no coxim plantar, podendo afetar aves em qualquer idade. Higiene e desinfecção são as formas de controle mais eficazes.

Borreliose: Doença transmitida por carrapatos comum em criações de aves caipira. Sintomas: Palidez, anorexia, fezes esverdeadas e morte. O controle consiste em eliminar os ectoparasitas, principalmente os carrapatos.

Ornitose: A mesma doença é chamada de psitacose quando afeta psitacídeos (papagaios, etc), clamidiose quando afeta o homem e ou outros mamíferos e de ornitose quando afeta aves não psitacídeas. A doença é muito grave de diagnóstico e tratamento difícil. Sintomas: dificuldades respiratórias, gastroenterite e morte. Exige o máximo de cuidados no manuseio dos cadáveres e carcaças pois é altamente contagiosa. É útil nesses casos o crematório.

Tuberculose: Causada pelo Mycobacterium avium, afetando principalmente aves adultas, principalmente as de criação caipira e de zoológico, sendo os suínos a fonte de contaminação para as aves. Os sintomas são dificuldade respiratória, palidez e manqueira. Como os bacilos são eliminados nas fezes e nos ovos, podem constituir um grave problema de saúde pública. As aves positivas devem ser eliminadas e incineradas.

Aspergilose: Doença infecciosa das aves jovens em geral, provocada por fungos (mofo) e capaz de causar grande mortalidade. A contaminação pode ocorrer durante a eclosão dos ovos, nos ninhos, nas criadeiras ou até nas granjas (cama e alimentos). Deve ser controlada evitando-se qualquer vestígio de fungos nas instalações e principalmente na sacaria de ração ou cereais de alimentação. Procure sempre comprar ração dentro do prazo de validade indicado na sacaria e armazene sempre em lugares isentos de umidade. Em caso de suspeita de contaminação, não forneça a alimentação às aves.
Fonte:
acercsp.org