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quarta-feira, 29 de abril de 2015

cãmara aprova PL que derruba a obrigatoriedade da rotulagem de alimentos transgênico



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Após ter aprovado o Projeto de Lei que vende a biodiversidade nacional e os conhecimentos tradicionais, ontem a Câmara dos Deputados aprovou o fim da rotulagem dos transgênicos. "Um pouquinho só pode, sem informar ao consumidor", critica o deputado federal Chico Alencar, do P-Sol (do Rio de Janeiro).

Substitutivo ao Projeto de Lei 4148 de autoria do ruralista Luiz Carlos Heinze (PP-RS), que dispõe sobre a informação ao consumidor da presença de organismos geneticamente modificados nos alimentos, foi aprovado e reduz o direito à informação. Caso venha a ser efetivada, a lei irá reduzir as obrigações dos fabricantes em informar sobre a presença de transgênicos nas embalagens das mercadorias.
 
Na noite desta terça-feira (27), a Câmara dos Deputados aprovou em plenário o Projeto de Lei que prevê a não obrigatoriedade da rotulagem de alimentos que possuem ingredientes transgênicos.
Foram 320 votos a favor e 120 contra. Muitos consideram o PL 4148/2008, do deputado ruralista Luiz Carlos Heinze (PP/RS), um atentado ao direito à informação da população, cujo projeto só beneficiaria as empresas do agronegócio que querem esconder a origem do produto comercializado. Agora, o PL segue para o Senado.

Como funciona

Pela atual lei, desde 2003, todos os produtos que contêm os chamados Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) devem trazer em seus rótulos o símbolo T amarelo e a informação da espécie doadora dos genes.

O projeto 4148 pretende, no entanto, suplantar essa conquista do consumidor em favor da liberdade da indústria alimentícia de não informar o real conteúdo que disponibiliza nas prateleiras.

Com isso, a população corre o risco de consumir produtos, como óleos, bolachas, margarinas, enlatados e papas de bebê sem saber se não seguros ou não.

Retirar o símbolo T amarelo violaria o artigo 6º do Código do Consumidor, que prevê o direito à informação sobre o que se está adquirindo ao se comprar e consumir um produto.

Muitas das empresas já descumprem essa legislação e camuflam a real procedência do alimento. Atualmente, 92,4% da soja e 81,4% do milho do país são de origem transgênica.

A grande questão é que ainda não se sabe os reais riscos do uso dos transgênicos para a saúde do ser humano nem para o meio ambiente.

Porém, existe um elemento jurídico do Direito Ambiental chamado Princípio da Precaução, pelo qual o Estado tem o dever de evitar intervenções indevidas para a manutenção dos processos ecológicos em seus mais diversos âmbitos, mesmo não conhecendo seu real perigo.

Interferência do poder econômico

Numa recente entrevista à Adital, o sociólogo Rubem Siqueira, membro da Coordenação Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT), chamou a atenção para a interferência do poder econômico das grandes empresas privadas na política institucional brasileira.

Para ele, existe, uma estratégia do poder econômico global, cerca de seis ou oito conglomerados da indústria de tecnologia de alimentos, que pretendem controlar a cadeia produtiva mundial.

"Essas empresas, que detêm essa tecnologia, querem fazer um grande oligopólio de alimentos no mundo. Imagine o poder político que isso tem”, explicou Siqueira.

"São essas empresas que bancam os deputados que estão propondo e boa parte dos que estão votando. No submundo disso, há o financiamento de campanha. Por isso é que as campanhas, hoje, são tão caras. Quando a gente vota, não está outorgando um poder para um político baseado no que ele diz”, apontou.

"Essas empresas é quem tem o poder real. Temos a ilusão de que se está decidindo pelo voto, mas o poder econômico é que é o grande poder político no Brasil”, acrescentou o sociólogo.

O coordenador da CPT ressaltou que é obrigação do Estado garantir o acesso à informação à população. No caso dos produtos transgênicos, saber do que se trata para optarmos se queremos comprar ou não.
 
 

fonte: mst.org.br

II Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária

Foto: ufrpe.br



Ao longo do mês de abril, dezenas de universidades públicas de todo país realizam a II Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária. Na UFRPE, a jornada acontecerá nos dias 29 e 30 de abril, parte no CefoeE, na Aduferpe e na área externa desses dois prédios, com exposição fotográfica e feira agroecológica,

O objetivo da jornada é levar o debate da Reforma Agrária e a luta do campo para o cotidiano das universidades e, assim, abrir um canal de diálogo e formação com os estudantes, docentes e a sociedade urbana. Segundo Rosana Fernandes, da coordenação política pedagógica da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), nas últimas décadas o debate sobre a questão agrária tem sido deixado de lado nas escolas e universidades do país. Por isso, foi desenvolvida a jornada universitária, criada a partir de uma articulação com professores que apoiam a questão e querem, por diversas maneiras, debater a temática no meio acadêmico.


Confira a programação  da Jornada na UFRPE abaixo.

29 de abril
Feira agroecológica
Exposição fotográfica da História do MST, CPT, FETAPE, PJR, MAB.
9hs – Mística
        Abertura
10h às 11h30 – Debate: Consumo Consciente. Profa Raquel Uchoa
Local: área externa no CEGOE
14hs às 17hs – Oficina: Ginástica e Reforma Agrária. Estudantes do Curso de Educação Física
Local: Sala de prática II no Dep. Educação Física
18h30 – Debate: Luta pela terra, segurança e soberania alimentar na Mata Sul
Vídeo: Taco de terra
Prof. Marcos Figueiredo e agricultores(as)
Local: ADUFERPE

30 de abril
Exposição fotográfica da História do MST, CPT, FETAPE, PJR, MAB.
9h às 12hs – Debate: Educação, Juventude Rural, Esporte e Lazer. Profa. Gilvânia de Oliveira; Prof. José Nunes; Profa. Joanna Lessa.
Local: Sala de Seminário do CEGOE.
Encerramento.


Fonte: ufrpe.br