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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Espécies nativas e adaptadas da Caatinga





Foto: google.com



   A caatinga é considerado um bioma unicamente brasileiro onde ocupa uma área de aproximadamente 850.000 Km² correspondente a 9% do território nacional,  abrangendo 10 estados brasileiros (9 estados do nordeste e a parte norte de Minas Gerais situado na região sudeste do país).
  O nome caatinga tem origem do tupi com o seguinte significado: ka'a (mata) + tinga (branca) = mata branca, devido a coloração esbranquiçada de sua vegetação. Dentre a sua área de ocupação a caatinga fica situada em regiões de sertão e agreste.
  Com uma exploração extrativista agressiva somada à condições climáticas desfavoráveis a manutenção e o desenvolvimento deste bioma vem se tornando cada vez mais comprometido. No entanto, apesar de possuir um histórico de degradação ao longo dos anos, a caatinga ainda é considerado um bioma com uma grande biodiversidade. 
   Para reverter a degradação instaurada na caatinga é necessária a produção de mudas para reflorestamento de áreas desmatadas, principalmente ao longo de cursos d'água efetivando a recomposição da mata ciliar.
  Esta recomposição deve ser realizada com mudas de espécies nativas e em alguns casos são utilizadas espécies exóticas (adaptadas), para fins comerciais, fugindo da lógica de restabelecimento de equilíbrio.
   Espécies Nativas   X   Espécies Exóticas (Adaptadas)

  Espécie nativa: é àquela de ocorrência natural de um determinado ecossistema ou região . 
  Espécie introduzida ou exótica: vive fora da sua área de distribuição nativa que tenha sido acidental ou intencionalmente para aí levada pela atividade humana, podendo ou não ser prejudicial para o ecossistema em que é introduzido.
  Algumas espécies danificam o ecossistema em que são introduzidas, enquanto outras podem afetar negativamente a agricultura e outros recursos naturais aproveitados pelo homem. Quando uma espécie introduzida que produz alterações importantes na composição, estrutura e processos do ecossistema no qual foi introduzida, pondo em risco a diversidade biológica nativa, é chamada de espécie invasora.
Caroa (Foto: DoDesign-s)
Caroá (Foto: DoDesign-s)
São consideradas espécies nativas da caatinga:
amburana-de-espinho (Commiphora leptophloeos);
ingá (Ingá edulis, Ingá laurina);
oiticica (Licania rigida);
cajá (Spondia mombin);
carnaúba (Copernicia prunifera);
jucá (Caesalpinia ferrea var. ferrea);
mandacaru (Cereus jamacaru);
mutamba (Guazuma umifolia);
trapiá (Crateuva tapia);
tamboril (Enterolobium contorsiliquum);
aroeira (Myracrodruon urundeuva);
umbu (Spondias tuberosa);
ouricuri (Syagrus coronata);
mororó ou pata de vaca (Bauhinia spp.)
juazeiro (Ziziphus joazeiro );
caroá ou gravatá (Neoglasiovia variegata);
catingueira (Caesalpinia pyramidales);
sabiá (Mimosa caesalpiniifolia);
angico (Anadenanthera colubrina); 
juremas preta e branca (Mimosa tenuiflora e M. artemisiana);
Ipê roxo (Tabebuia impetiginosa);
cumaru (Amburana cearenses);
xique-xique  (Pilosocereus polygonus);
malva branca (Wissadula SP);
malícia (Mimosa pudica);
jitirana (Ipomoea sp.). ... entre muitas outras existentes.
Foto: acaatinga.org
   As plantas na caatinga podem ser de porte arbóreo, arbustivo ou herbáceo, com importante valor econômico, pois são utilizados como: plantas forrageiras, culinária, extração de madeira, plantas medicinais, plantas melíferas, artesanato e mais recentemente para fins paisagísticos, principalmente pela beleza de suas flores exóticas.

Texto:
Crissanny I. Oliveira - Zootecnista