Fonte: google.com |
Em 2013, esta bactéria chegou à Itália através de um pé ornamental de café vindo da Costa Rica, que chegou à Europa pelo porto holandês de Roterdã, segundo o Instituto Agronômico Mediterrâneo, com sede em Bari (sul da Itália). Desde então, o organismo destrói as oliveiras da região italiana de Apúlia (sul), um dos primeiros produtores de azeite do mundo. De acordo com o governo, a bactéria não representa um risco para a saúde humana.
"Uma investigação está sendo conduzida para determinar sua origem exata", agregou o ministério francês, que ainda não decidiu se outras medidas para ver se outros vegetais também estavam contaminadas serão tomadas.
No início de abril, a França lançou uma campanha de aumento da fiscalização e unilateralmente proibiu a importação de vegetais de áreas infectadas. A medida, destinada principalmente à produção agrícola de Apúlia, preocupa a Itália.
Na ausência de medidas no âmbito da União Europeia, o ministério francês decidiu "não esperar" e tomar medidas em nível nacional, justificou. De acordo com o ministério francês, a reunião de peritos em Bruxelas deveria promover a adoção ainda este mês de uma decisão, embora ainda persistam dúvidas sobre quais vegetais serão proibidos.
![]() |
Trabalhadores cortam pé de oliveira em Oria, na Itália, em 13 de abril de 2015. Bactéria que já prejudicou plantações italianas chegou à França, informou o governo (Foto: Gaetano Loporto/AP) |
A França, que tem uma grande produção de azeitonas na ilha de Córsega e uma grande região frutífera no sul, tomou esta decisão no cenário de falta de tratamento para erradicar a bactéria transmitida por um inseto voador.
O ministro da Agricultura italiano, Maurizio Martina, chamou a reação francesa de "totalmente inadequada", julgando que "toda a Europa" precisa resolver o problema de "maneira coordenada".
"Temos milhões de oliveiras em Apúlia, e apenas uma dúzia de milhares estão doentes", disse Cosimo Lacirignola, diretor do Instituto Agronômico de Bari, que não entende a decisão de proibir "102 espécies vegetais, quando apenas 13 são suscetíveis de serem infectadas".
Segundo Lacirignola, a bactéria está presente nas vinhas da Califórnia há mais de 130 anos. Mas na Itália, a subespécie "Paoca" ataca apenas 13 espécies de plantas, incluindo as oliveiras. Neste sentido, a associação de agricultores italiana Coldiretti pediu no final de março que a tradicional distribuição dos ramos de oliveira durante a Semana Santa fosse evitada para barrar a propagação das bactérias.
A eclosão dos ovos de 'Aphrophoridae', inseto transmissor da doença, começa em poucos dias e circulação de ramos de oliveira foi considerada um momento "muito perigoso" para as plantas, segundo a Coldiretti. Para Lacirignola, a erradicação da bactéria passa pela remoção das larvas antes que elas se transformem em insetos.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.